quarta-feira, 18 de novembro de 2020


 Segundo Dane Rudhyar, a palavra isolamento está relacionada com "solus" de "só", mas também com "sol". Como sabemos o Sol é uma estrela, fonte de luz e calor, ele é o centro dos planetas desse sistema.

Assim como o Sol, as pessoas são estrelas! Estrelas que vieram brilhar e aquecer os seus sistemas, irradiar sua luz e despertar para tudo o que há de mais elevado no desenvolvimento da vida humana. Mas a conjunção de Saturno e Plutão tem-nos mostrado que há uma manifestação inautêntica desse brilho e a cada encontro desses planetas temos a oportunidade de corrigir a emanação da nossa luz própria.

É verdade que o efeito deles sobre nós não é nada fácil e a cada encontro desses titãs vivenciamos transformações profundas na forma de percebermos a vida, basta pesquisarmos os fatos históricos dos anos (1914 e 1916; 1946 e 1948; 1981 e 1983) onde esse evento astrológico se repetiu.

Na lua nova libriana, que começa hoje, às 16h32, teremos uma reedição do cenário onde tudo começou com a grande conjunção e que só acontecerá novamente, para novos aprendizados - esperamos - em 2054.

Chegou a hora de testar se fomos capazes de acessar um outro nível de consciência e chegar a uma definição sobre os temas exaustivamente trabalhados ao longo de 2020.

Se eu pudesse descrever o que se passa no céu de outubro, começaria por esse diálogo:

Plutão: Exato! A partir dessa data deixarei esse sistema humano setorizado para poupar-me do desgaste que os inquilinos da Terra causam.

Saturno: Ótimo! Mas inclua o porquê de estarem isolados!

Plutão: Você acha mesmo que se explicarmos que eles só estiveram isolados para fazer o "solus", ou seja, para que eles acessassem o próprio sol interior eles vão compreender? Vale a pena dizer que eles precisam individualizar-se e seguir a própria luz?

Saturno: Sim, faz parte do protocolo.

Plutão: Promovemos um confinamento tão extenso não para fazê-los sofrer! Estar isolado tinha um propósito muito sofisticado: o isolamento não é e nunca foi uma ação cruel de um plano soberano para reconhecerem a insignificância do arbítrio da condição humana, não era para que sentissem solidão – mesmo porque é a ausência de si mesmo que traz esse efeito colateral. Pelo contrário, o exercício do isolamento era para oferecer a todos o tempo que tanto faltava para uma conexão com o centro do próprio ser, era a oportunidade de estar com o seu verdadeiro eu.

Mas temos percebido que muitos não se deram conta do que viemos fazer aqui, só temos ouvido discussões vazias sobre quem faz a melhor quarentena, por exemplo. Acho que nada aprenderam sobre essência.

Eles discutem sobre quem é o culpado da vida que eles mesmos desenham e debatem sobre coisas tão pífias: quem está errado, afinal: quem foi à praia depois do trabalho ou quem ficou em casa falando de quem foi à praia?

Francamente, eles me exaurem e isso só mostra que não estão sabendo o que se passa e diante de tantos equívocos, não haverá o novo normal porque não é normal perder essa chance de brilhar se debatendo nas lições não concluídas de sempre.

O que acha de mantermos a experiência na Terra dividida em 3 estágios de evolução a caminho da conexão com a essência?

Saturno: Sim, podemos usar as antigas reflexões filosóficas para organizar.

Plutão: Muito bem! O primeiro estágio fica para aqueles que só buscam possuir coisas e projetar o seu nome em letras douradas, aqueles que por ignorância ou perversidade seguem globalizando o egoísmo. Não que desfrutar dos recursos materiais seja algo ruim, mas quando as pessoas insistem em mudar o lado externo a todo custo acreditando que isso trará algum conforto e preenchimento interno, elas se perdem e não entendem que a realidade não está lá fora.

A realidade é o retrato fiel do seu desenho interior e é por isso que não adianta viajar para todos os destinos turísticos encantadores do planeta em busca do cenário perfeito, pois ele está dentro de você.

O único cenário belo é aquele que se revela no mergulho em si mesmo, essa é a recompensa do paraíso, essa é a experiência mais sublime.

Para aqueles que alcançarem o estagio 2, há um dilema: eles podem achar que possuem sabedoria porque aprenderam que a vida é muito mais que lutar por sobrevivência e desfrutar de conforto, e podem esquecer que o conhecimento que tiveram acesso não os pertence, pois já estava no mundo. Não há nobreza espiritual em se valer do conhecimento disponível para defender os seus interesses ou se vestir da vaidade do saber. Conhecer e não praticar o que se aprendeu vale tanto quanto não saber.

Já no estágio 3 ficarão aqueles que já sabem que estão diretamente ligados com o todo, são as pessoas que alcançaram uma visão clara sobre o quanto ganham quando alguém ganha e o quanto a dor da perda de alguém traz dor para si também.

Para essas pessoas não é esforço algum fazer o que estiver ao seu alcance para melhorar a si e ao mundo, porque já sabem o quanto é valioso ser o ancestral de amanhã e que sua evolução abre caminho para os que estão por vir.

Pois bem, já imaginou estar diante desses planetas e descobrir em qual estágio as suas escolhas te levarão? É exatamente isso que viveremos a partir de agora.


Na melhor das opções vamos despertar para essas lições e, assim como o Sol, brilhar e emanar a nossa luz! Afinal, somos uma fraternidade de estrelas vivendo exatamente o que é preciso para crescer, e não seremos vítimas de nada nem ninguém se estivermos de posse de nós mesmos.


📝 Cris Paz

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